A Reverciclo é a mais nova startup que se junta ao Hub FUCAPE. Focada na área de resíduos sólidos e economia circular, a empresa busca criar uma espécie de Uber para otimizar a destinação dos resíduos, ou possibilitar sua venda para outras empresas, para utilização dos mesmos como insumo, reduzindo riscos e custos, e gerando receita.
A convivência no Hub tem proporcionado a profissionalização da startup desde o nascimento, o que evita futuros problemas de gestão e planejamento estratégico.
“Participar do Hub da FUCAPE está propiciando o acesso à recursos humanos qualificados, na figura dos alunos e professores das disciplinas. Além do network e conhecimento de ponta inerente a uma instituição de ensino de destaque”, afirma Robson Lacerda, sócio -fundador da Reverciclo.
O sócio- fundador da Reverciclo, Robson Lacerda, ao lado do time da startup.
O descarte irregular de resíduos sólidos impacta negativamente a sociedade. Os problemas vão desde paisagísticos até de saúde pública, com a contaminação de lençóis freáticos, solo, ar e dos próprios catadores, com contaminantes químicos e biológicos. Também fomenta a procriação de vetores, como ratos, moscas e outros animais que transmitem as mais variadas doenças.
Fundada em fevereiro de 2021, o “moonshot”* da Reverciclo é acabar com os lixões e aterros sanitários do Brasil até 2030. A longo prazo, a meta é universalizar o acesso à economia circular, para torná-la acessível do ponto de vista econômico e tecnológico.
A iniciativa do projeto surgiu de três sócios-fundadores: Daniela, Rogério e Robson. O desejo em comum que os unia era de deixar um mundo melhor para as novas gerações, já que todos têm filhos crianças. Atualmente, o projeto conta com nove colaboradores.
O aterro sanitário, mesmo sendo uma destinação adequada do ponto de vista legal, traz riscos importantes ao meio ambiente, por causa da possibilidade de incidentes em sua operação. A localização de um aterro sanitário deve contemplar diversos requisitos ambientais, por isso, a tendência é que seja cada vez mais difícil a abertura de novos espaços como este, após o esgotamento dos já existentes.
Robson considera que o ambiente de inovação e aprendizagem do HUB dá suporte às startups para se inspirarem, expandirem e desenvolverem seus projetos. Assim, os resultados alcançados podem vir em termos não só financeiros, mas de toda ordem, como reputação no mercado.
“A estruturação de um processo de acompanhamento e auxílio juntos às startups garante a assimilação de técnicas de planejamento e gestão pelas mesmas, fundamentais a qualquer negócio”, pontua.
*moonshot: na linguagem da inovação, o Moonshot Thinking é uma forma de pensar dos empreendedores, elevando seus objetivos a um patamar inatingível, complexo e grande. O método, ao maximizar os desafios, obriga o inovador a pensar e buscar soluções “fora da caixa”.
Fotos: Mariana Machado
Yan Damaceno
Estagiário de Comunicação