Carreiras & Negócios
O Gestão de Carreiras, programa que compõe o Núcleo de Desenvolvimento Humano Integral (DHI) da FUCAPE, por meio de uma trilha de conversas com profissionais e acadêmicos de referência, tratará de assuntos ligados ao desenvolvimento profissional, à empregabilidade e ao mercado de trabalho nos ramos da Administração, da Contabilidade, do Direito e da Economia.
Seguindo a trilha “Carreiras & Negócios”, convidamos o Prof. Doutor em Administração e Diretor Acadêmico da Fucape, Emerson Mainardes, para abordar sobre mais uma área de negócios: Administração com foco em Marketing e Vendas!
Para compreender a carreira em marketing, é preciso esclarecer que esta área corresponde à atuação estratégica, à gestão, não restringindo-se a um setor ou às atividades de criação de peças publicitárias, dentre outras, ligadas à publicidade e propaganda. Esta última se trata de outra frente. O marketing, explica o Prof. Emerson, pode ser equiparado à microeconomia aplicada, ou seja, dispõe de uma relação forte com demanda, precificação e público-alvo. Além disso, ele esclarece que o marketing “é uma filosofia de gestão”, é sinônimo de relacionamento, e “bebe” das fontes da psicologia e da economia para compreender o comportamento humano (consumidor) e as tendências macroeconômicas.
Quanto à formação acadêmica e à remuneração, o acadêmico pontua que o profissional de marketing é aquele que se gradua em administração para atuar na gestão da empresa. Inclusive, o Brasil é um dos poucos no mundo em que a formação em marketing se dá unicamente no curso de administração. Quanto à remuneração, os valores podem variar de R$3.400, para um analista de inteligência de mercado, até R$ 20.000,00 ou mais para cargos executivos, como Head de Marketing e Vendas.
Além da formação técnica, a atuação em marketing não é só para aqueles que possuem, de antemão, talentos específicos. Para o Prof. Emerson, não há idealmente um perfil comportamental para essa profissão, e sim uma composição de habilidades possíveis de serem aprendidas. Uma delas é a de saber vender, pois vendas faz parte do marketing. Tão importante quanto ser capaz de vender, é saber delimitar o público-alvo a partir do qual se apontará a estratégia de marketing. Certamente esta tarefa não é tão simples quanto parece. Nem sempre é fácil traçar quem serão seus clientes e quais suas demandas de consumo, mas, isso deve ser o ponto de partida de qualquer empreendimento. Dessa forma, o negócio poderá alavancar o faturamento, produzir um pós-venda satisfatório e estimular a retenção e fidelização de clientes. Portanto, investir em marketing é fundamental porque este corresponde ao front office de uma empresa.
Contudo, no Brasil, não há um cenário tão favorável para uma atuação plena na área. No país, também há escassez de profissionais capacitados nesse ramo para identificar oportunidades latentes e definir estratégias competitivas para alcançar o consumidor. Emerson pontua que o fomentador das atividades de marketing é o ambiente competitivo de mercado. Por isso, os EUA são referência nessa atuação, uma vez que o comércio de lá é muito aquecido, muito competitivo e é isso que gera demanda por profissionais especializados. Nesse sentido, em nível global, o mercado tem avançado e transformado formas de vender para atender às mudanças nos modos de consumo e do público-alvo. Tais necessidades de mudanças impelem a inovação. Portanto, no que tange ao conhecimento e preocupação com o cliente, o marketing procura estratégias mais profundas para conseguir diferenciar a empresa no mercado, buscando conquistar o público desejado.
Como um dos efeitos da pandemia, surgiu a palavra “figital”, uma condensação linguística que representa o físico e o digital. Tal expressão diz respeito ao que as empresas, principalmente voltadas para o varejo, têm procurado proporcionar para o cliente, sendo muito mais que uma simples venda de um produto, uma experiência memorável. A exemplo, empresas que investem em atendimentos humanizados e promovem experiências customizadas aos clientes. Tais práticas agregam valor intangível, difícil de ser perdido.
Com a pandemia, a demanda por marketing pelas empresas se acelerou. Frente às mudanças e à necessidade em sobreviver e competir no mercado, buscam-se novas estratégias de vendas, de relacionamento com o consumidor e em como alcançá-los. Isso não significa que o marketing tenha atingido seu ponto máximo, mas, fica evidente o quanto essa profissão é relevante para o sucesso e fomento no cenário dos negócios e, ainda que o Brasil não saia ganhando nessa corrida de oportunidades, talvez seja possível observar esse contexto mudar.
Frente à essa realidade, a Fucape Business School acompanha os desdobramentos do mercado e oferece insumos suficientes para capacitar o aluno durante a graduação e a pós-graduação. O Núcleo de Desenvolvimento Humano Integral (DHI) é um deles, que detém como uma de suas frentes a assessoria para alunos e ex-alunos, por meio do Programa Gestão de Carreiras, atuando no ingresso do aluno ao mercado de trabalho, além de intermediar boas oportunidades profissionais da graduação ao doutorado.
Continue acompanhando a trilha “Carreiras & Negócios” e não perca as dicas e informações sobre o mercado de trabalho.
Fique ligado! O nosso próximo conteúdo abordará a carreira em Economia.
Para mais informações acesse: https://www.linkedin.com/company/gestaodecarreirasfucape